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Foto do escritorVictor Manachini

4 habilidades essenciais na construção de futuro(s) segundo um futurista

Atualizado: 6 de set. de 2023

Para que a esperança de um mundo melhor vá além do otimismo retórico.

A pandemia é antes de tudo uma tragédia humana, mas também está abalando os pilares sobre os quais se baseia nossa sociedade.

Este choque no planeta criou uma expectativa de grandes mudanças que nos levarão a um mundo diferente e esperançosamente melhor. Mas como devemos nos preparar para essas mudanças? Onde devemos intervir e com que prioridades? Quais são as oportunidades que devemos aproveitar e os riscos a mitigar? O que precisa melhorar e o que precisa de transformação?

Para que a esperança de um mundo melhor vá além do otimismo retórico, devemos ser capazes de responder a essas perguntas. Devemos mudar a forma como tomamos decisões e nos tornarmos mais informados sobre o futuro. Abordagens convencionais não são mais suficientes; novas habilidades são necessárias.


Habilidade 1: alfabetização de futuros

Em termos gerais, a alfabetização é simplesmente a capacidade de ler e escrever, embora possa ser entendida com um significado mais amplo e perspicaz. O aumento significativo da alfabetização em muitos países nos últimos dois séculos, juntamente com o impulso das revoluções industriais, permitiu um salto dramático para a civilização.

Agora, porém, estamos vivendo em uma nova era onde o mundo está mudando mais rápido do que nunca e qualquer mudança pode ter enormes consequências globais porque estamos cada vez mais conectados uns aos outros.

Talvez seja hora de nossa sociedade dar mais um passo para enfrentar esse novo desafio, tornando-se uma sociedade mais “alfabetizada para o futuro”. Essa é a habilidade que permite que as pessoas imaginem e entendam melhor o futuro. É importante porque são as imagens do futuro que impulsionam nossas expectativas, decepções e vontade de investir ou mudar.

A UNESCO está construindo a alfabetização do futuro globalmente com atores locais em mais de 20 países que organizam Future Labs em escolas e comunidades. O objetivo é demonstrar que imaginar o futuro é algo acessível a todos e que essa capacidade de imaginar pode ser melhorada.

A questão aqui não é pensar no futuro como um complemento; deve ser integrado, como ler e escrever, com o que fazemos e o que pensamos.


Habilidade 2: pensamento sistêmico

Quase todos os desafios apresentados pelos efeitos do COVID-19 dizem respeito a “sistemas”. Essencialmente, um sistema consiste em três coisas: um escopo ou função, partes e relacionamentos. Em um sistema, o efeito das intervenções pode parecer distante no espaço e no tempo.

O pensamento sistêmico é uma mentalidade para pensar, comunicar e aprender sobre os sistemas para tornar os padrões completos mais claros, melhorar e compartilhar a compreensão dos problemas e ver como enfrentá-los de maneira eficaz.

Em nosso exercício, por meio de um método denominado “Roda do Futuro”, construímos uma imagem sistêmica da pandemia de COVID-19 na Itália, explorando seu impacto em diferentes áreas: social, tecnológica, econômica, ambiental e política. Essa foi a lupa que permitiu identificar os temas estratégicos que precisam ser enfrentados


Habilidade 3: antecipação futurista

Para explicar esse conceito, devemos refletir sobre algumas coisas: no presente, há sinais do futuro; e esses sinais são de algo que ainda não é evidente, mas que tem o potencial de se tornar evidência empírica se as circunstâncias permitirem. Portanto, hoje existem futuros em andamento, mesmo que não sejam claramente visíveis para a maioria de nós.

A habilidade de antecipação exige que aprendamos a reconhecer esses futuros possíveis e a usar essa consciência aumentada para moldar nossas decisões e ações no presente.

Isso na prática significa modificar nossos hábitos e comportamentos para estarmos melhor preparados para um mundo em constante mudança.


Habilidade 4: visão estratégica futurista

As mudanças disruptivas à nossa frente exigirão escolhas e decisões que influenciarão como o mundo futuro evoluirá.

Mas como definir nosso leme para primeiro sobreviver e, esperançosamente, aproveitar as oportunidades neste mar agitado de mudanças? Este é um grande desafio que requer uma nova atitude de pensamento estratégico para governos, empresas, organizações e pessoas para entender melhor a mudança e o futuro, pois todos viveremos e trabalharemos em um mundo futuro que é diferente de hoje de maneiras significativas.

A prospecção estratégica e, de forma mais geral, os “Estudos do Futuro” são as disciplinas que se ampliaram para a exploração de futuros alternativos e se aprofundaram para investigar as visões de mundo subjacentes aos futuros possíveis, plausíveis, prováveis e preferidos.


Como futurista, eu acredito que passar da suposição de que o futuro será uma continuidade do presente para uma melhor compreensão das mudanças e da multiplicidade do futuro nos permitirá desenvolver estratégias à prova de futuro que antecipam as consequências de futuros alternativos.

Em última análise, o que precisamos é de um salto cultural de uma abordagem reativa para uma abordagem antecipatória. Mas acreditamos que isso só será possível se conseguirmos incorporar as competências mencionadas acima nos conjuntos de habilidades de líderes, formuladores de políticas, professores e cada indivíduo.

Hoje, podemos agarrar a grande chance de um avanço que pode nos levar a um mundo melhor, mais inclusivo, com um sistema econômico sustentável, maior amadurecimento de nossa sociedade e eleitores mais conscientes. Um mundo onde os países cooperam para tornar as pessoas mais seguras, felizes e saudáveis e tratá-las como iguais.




 


Já parou para pensar sobre o quanto um palestrante e futurista com as estratégias mais disruptivas em inovação, criatividade e impacto transversal, pode potencializar o conhecimento e criar diferenciação para sua sua equipe, gestores e colaboradores, quanto em valor e resultados para seu evento e empresa?


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